“O que eu peço é que você seja sempre de verdade também. Que me queira assim,
imperfeita e cheia de confusões. Que saiba os momentos em que eu preciso de uma
mão passando entre os fios de cabelo. Que perceba que às vezes tudo o que eu
preciso é do silêncio e do barulho da nossa respiração. Que veja que eu me
esforço de um jeito nem sempre certo. Que veja lá na frente uma estrada,
inteiramente nossa, cheia de opções e curvas. E que aceite que buracos sempre
terão. O que eu peço é que você me veja de verdade. Que não queira a melhor
mulher do mundo. Que você olhe dentro de mim e veja o que eu sou, com meus
momentos de sabedoria, esperteza, alienação e ingenuidade, porque eu nunca vou
saber tudo. E entenda que de vez em quando faço questão de não saber nada. Que
você note que eu faço o melhor de mim e de vez enquando desconheço o que eu
realmente posso ser. Peço que você tenha paciência grátis e um colo que não faça
feriadão. Que me ensine mais, a cada dia, o meu. E o seu.”
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